Mini documentário do Portal Catarinas sobre as lutas na Greve Internacional das Mulheres no dia 8 de Março em Desterro.
Mini documentário do Portal Catarinas sobre as lutas na Greve Internacional das Mulheres no dia 8 de Março em Desterro.
Santo Antônio de Lisboa, madrugada de terça de Carnaval. Por volta das 2 e 30 da manhã acabava a noite de folia após um bonito desfile de 25 anos do bloco Baiacu de Alguém, que no seu samba enredo não se omitiu e narrou alguns dos problemas e lutas de Desterro: a falta de transporte público integrado, o plano diretor, a moeda verde, a luta pela Ponta do Coral e pela Ponta do Sambaqui.
Todos já estavam indo para casa, as últimas barraquinhas fechavam. Parado na rua de paralelepípedos onde antes só havia festa e folia vi a Policia Militar começar a se movimentar e fechar a rua, formando um bloco. Eram uns 15 policiais, uns 3 da cavalaria e o restante a pé. De uma hora para outra eles começaram a avançar pela rua, cassetetes em punho, marchando naquela formação típica de legião romana, tão comum de se ver em manifestações populares.
Eles não pediam licença, empurravam quem não saísse das ruas sem que as pessoas fizessem uma mínimo esboço de violência. Quando chegaram perto da igreja vi alguns Policiais agredirem um rapaz com cacetadas. Foi então que alguém puxou o coro do “Não acabou, tem que acabar, eu quero o fim da Policia Militar”, que foi ecoado por muitos na praça. Um Policial foi até uma menina que gritava as palavras de ordem e começaram uma discussão. Um tempo depois senti os olhos lacrimejando, pois começaram a borrifar gás de pimenta na praça, como se estivessem dedetizando o lugar.
Na volta para o carro escutei um relato de um rapaz que contou que jogaram spray de pimenta próximo aos banheiros químicos com gente dentro. Minha amiga, moradora do bairro me contou que todo ano é a mesma coisa. Que a Polícia atua desta forma para “encerrar” a festa, e que foi embora dali logo que percebeu a movimentação dos “homens da lei”.
Foram cenas lamentáveis e desnecessárias de brutalidade e estupidez do Estado. Qual a finalidade desta brutalidade? Se os organizadores sabem que isso acontece todos os anos, por que não se manifestam? O clima de insegurança em outros anos justifica tamanha agressividade?
Em temerários tempos de “Ordem e Progresso” os blocos de rua do Carnaval, essa festa anárquica por excelência seguem sendo um incomodo para ordem vigente. Mesmo em tempos em que uma única marca de cerveja compra a cidade por alguns dias, em tempos de cercadinhos em espaços públicos, de pulseirinhas VIPs, de peixadas e feijoadas de gente besta e esnobe.
Como diria Leminski: “Ainda vão me matar numa rua. Quando descobrirem, principalmente, que faço parte dessa gente que pensa que a rua é a parte principal da cidade”.
O *Fórum da Bacia do Itacorubi* informa e convida para o 2º Seminário de
Integração Metropolitana do Transporte Coletivo, organizado pelo
Observatório da Mobilidade Urbana/UFSC.
Data: 30/08, 3ª feira,
Hora: das 13h30 às 17h30,
Local: Associação dos Municípios da Grande Florianópolis – GRANFPOLIS
Rua Cândido Ramos, 250 – Capoeiras, Florianópolis .
“Estamos diante de uma oportunidade ímpar de transformar o sistema de
transporte coletivo da Grande Florianópolis, tornando-o muito mais atrativo
para todos. Neste seminário, iremos apresentar as propostas formuladas até
o momento e debatê-las com representantes de órgãos públicos, de entidades
da sociedade civil, com profissionais da área e com a população em geral”,
afirma Werner Kraus Jr., coordenador do Observatório.
23082016 Release Seminário II
Informações adicionais no anexo.
O ato da população em situação de rua em São José não aconteceu semana passada por conta da chuva, mas foi transferido para essa quarta-feira, 11h, saída em frente ao Centro Pop – São José.
Todo apoio e presença de pessoas, movimentos e entidades é importante para dar força às reivindicações por abrigo, oportunidade de trabalho, fim da violência policial e institucional, etc.
O ato também é memória pelo Massacre da Praça da Sé, onde moradores de rua foram mortos por grupos de extermínio em SP.
Quando? Domingo 07/08 às 15h.
Onde? Praça Bento Silveira, Lagoa da Conceição.
Navegantes e passageiros da Ocupa Lagoa! Domingo tem mais um encontrinho pra darmos nosso grito de FORA TEMER e papear sobre os assuntos que nos interessam e preocupam.
O evento tem início às 15h com uma reunião aberta do coletivo. A ideia é debater nossos próximos passos e o destino do movimento em si. Todos são bem-vindos, quem tem participado dos encontros e os novos que queiram conhecer a Ocupa.
Em seguida, por volta das 15:40h iniciaremos a roda de conversa sobre hortas urbanas com quem entende do assunto e já botou a mão na massa. A ideia é pensar a viabilidade de uma horta comunitária na Lagoa.
Ao final do papo, teremos uma roda de dança com Em cada passo um traço:
https://www.facebook.com/
Vem pra Ocupa!!!
Evento no Facebook: https://www.facebook.com/events/1031560526939940/?notif_t=plan_user_invited¬if_id=1470222764879518
Concentração: Sexta às 19:00 na pista de Skate Trinda Times (ao lado do Iguatemi)
Fonte: https://www.facebook.com/events/1764163337164131/
Chamada aos ciclistas, pedestres, usuários de transporte coletivo e motoristas que trafegam pela SC-401, aos que moram e/ou trabalham no norte da Ilha, aos estão cansados da violência que assola os que por essa rodovia passam e querem mobilidade urbana segura e eficaz!
VENHAM PARTICIPAR DESSE ATO PEDINDO RESPEITO À VIDA E NÃO À VIOLÊNCIA NO TRÂNSITO!
Haverá concentração ciclistas na Pista de Skate a partir das 19h, que partirão em direção ao elevado de João Paulo.
JÁ FORAM ACUMULADOS 7 MORTES POR ACIDENTE, SENDO 6 ATROPELAMENTOS, NESTE INÍCIO DE ANO NA SC-401!
Há muito tempo o uso ao longo da SC-401 não condiz com a sua configuração. Tem comércio, tem pedestre, tem cadeirante, tem ciclista, inúmeras entradas para os bairros e o comércio. Mas não tem calçada, ciclovia, FISCALIZAÇÃO, acostamento ruim ou inexistente, poucas passarelas, velocidade permitida altíssima. http://g1.globo.com/sc/
No dia 29 de janeiro deste ano, ciclistas uniram-se para protestar por mais segurança na rodovia, promovendo um ato pacífico, com o intuito de gerar melhorias. https://www.youtube.com/
Passados quase seis meses desde a realização do protesto, o saldo que se tem é o triste acúmulo de mais mortes por atropelamento na SC-401 e pela cidade. Nenhuma ação de melhoramento teve início. Após esse tempo decorrido, o que se tem é apenas o anúncio de aumento paliativo e temporário da fiscalização e de pequenas ações pontuais que não representam solução efetiva. http://g1.globo.com/sc/
Vamos nos unir mais uma vez e em maior número para dizer BASTA DE DESCASO E VIOLÊNCIA! O QUE QUEREMOS:
(I) Aumento da fiscalização da Lei Seca, em especial aos finais de semana, e ações necessárias para o cumprimento deste objetivo;
(II) Redução das velocidades máximas permitidas, visando à futura implementação do projeto previsto pelo Plano de Mobilidade Urbana Sustentável da Grande Florianópolis (PLAMUS);
(III) Fiscalização contínua de velocidade na via, uma vez que grande parte dos veículos automotores superam a velocidade máxima da SC-401 quando da ausência de fiscalização.
(IV) Envio à ALESC de projeto de lei que modifique dispositivos da Lei Estadual Promulgada 12.142/2002, possibilitando enorme melhoria da fiscalização, com a utilização de radares fixos e lombadas eletrônicas;
(V) Apresentação URGENTE de projeto cicloviário para a rodovia, com plano de execução e cronograma definido.
(VI) Iluminação, sinalização vertical e horizontal e proteção dos trechos mais perigosos da SC-401,em especial os trechos que não possuem acostamento, e/ou onde estes são deficientes ou estão em desacordo com as normas.
(VII) Implantação de um sistema integrado de vigilância ao longo de toda a extensão da SC-401, incluindo a instalação de câmeras de monitoramento;
(VIII) Implantação de travessias seguras e acessíveis ao longo da SC-401 em todo lugar em que houver fluxo de pedestres;
(IX) Reformar e/ou construir o acostamento nos trechos em que estes se mostram precários, ausentes ou insuficientes, incluindo também a limpeza de detritos que neles se acumulam;
(X) criar uma comissão de diálogo permanente, contando com a presença de membros da sociedade civil, incluindo ciclistas, a fim de acompanhar a execução das medidas planejadas e das obras e ações projetadas.
(XI) incluir nas provas do Detran/SC para tirar ou renovar a carteira de habilitação, questões relativas ao trânsito de bicicletas previstas no CTB.”
Hoje no jornal do almoço vi a reportagem de que 300 artesãos de Florianópolis foram proibidos de trabalhar na Paulo Fontes, na tradicional feira da Maricota que acontece todos os sábados. A decisão é do Ministério Público (RBS não informou qual), que afirmou que os feirantes “atrapalham a mobilidade” no centro e o estacionamento de turistas, e foi acatada pela Prefeitura. Isso em plena crise econômica, que pra variar ferra com os mais humildes.
A solução seria levar os artesões para a João Pinto, em uma feira organizada pela CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas de Florianópolis). CDL que vem articulando o processo da “revitalização” do centro histórico com a Prefeitura e outros interessados.
Semana passada Prefeitura retirou os cobertores dos moradores de rua. Ano passado, a PM tentou acabar com a batalha do RAP, e tem muita gente de olho nos casarões históricos do centro. Um deles é o Instituto Arco-Íris Direitos Humanos, que promove diversas atividades culturais e apoia público LGBT, soropositivos e dependentes químicos. Fora a própria reforma do Mercado Público. bem criticada pelo caráter elitista.
O plano é cada vez mais claro: grandes institutos tecnológicos como o Sapiens Park, Prefeitura e entidades empresarias como a CDL querem se apropriar de vários casarões públicos e transformar o centro em um espaço gourmetizado-hipster-da-elite-branca, onde, claro, não estão incluídos capoeiristas, artesões, rappers, punks, moradores de rua e outras criaturas não desejadas no coração de Desterro por estes arquitetos da exclusão.
É preciso resistir. Não só de chopp artesanal a 12 reais o copo de 300 ml vive nossa cidade. Ela é muito maior e mais diversa do que pensam!
Como diria Nei Lisboa:
“Se me derem um pedaço de plutônio
Minha turma se encarrega de explodir
A pobreza das idéias dessa gente
Que comanda o shopping-center do país”