Manifestação Fora Salles no dia do meio ambiente 05/06/21

VENHA NESTE SÁBADO (5) PARA A MANIFESTAÇÃO EM FLORIANÓPOLIS NO DIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE


Concentração: 10 horas – Parque da Luz, na cabeceira insular da Ponte Hercílio Luz


❌ Fim do licenciamento ambiental ❌ Entrega das terras indígenas e quilombolas para grileiros ❌ Destruição dos órgãos de controle e fiscalização ambientais ❌ Exportação ilegal de madeira ❌ Desmatamento e queimadas na Amazônia e no Pantanal para atender o agronegócio.


💣 Essa é a boiada que está arrasando o nosso meio ambiente e coloca em risco a soberania do país, a segurança alimentar e a nossa vida em todos os aspectos enquanto lutamos contra a Covid-19 e pela vacinação em massa.
📢 Em Florianópolis e em Santa Catarina, as leis também estão afrouxando o licenciamento e permitindo mais agressões ao meio ambiente. CHEGA❗


🔥 A boiada aqui não vai passar!


🌳 Venha com Ecoando Sustentabilidade, Fórum da Cidade, Movimento Ponta do Coral 100% Pública, SOS Mata Nativa Córrego Grande, Ufeco e Casa de Passagem Indígena Goj tá Sá (Florianópolis)


😷 Use máscara, álcool em gel e respeite o distanciamento social

#ForaSalles

Convite para encontro virtual sobre meio ambiente – 26/05 17h

Encontro para unir e discutir ações conjuntas com movimentos e as pessoas
em defesa do meio ambiente da cidade de Florianópolis - Santa Catarina.

Organizado pelo escritório de Advocacia Sustentável

Hoje, 26/05 às 17h.

Mais informações em: https://www.facebook.com/events/827502571523213

Para participar (ouvir ou falar) é necessário realizar inscrição em:
https://www.sympla.com.br/encontro-para-defesa-do-meio-ambiente-de-florianopolis__1226684

APELO EM DEFESA DA VIDA: É hora de parar Santa Catarina! O lucro não pode estar acima da vida!

Cerca de 130 entidades sindicais, movimentos sociais e organizações de Santa Catarina publicaram um manifesto de apelo em defesa da vida ao governador Moisés, prefeitos do estado e organizações públicas. O documento é um pedido de socorro das entidades no momento em que o estado vive o colapso na saúde em todas as regiões – com mais de 95% dos leitos de UTIs ocupados e com a média de mortes diárias por Covid crescendo a cada dia – sem medidas eficazes das autoridades públicas, que se curvam ao poder das entidades empresariais. 

O Movimento Ponta do Coral 100% Pública assina o documento. Em Maio do Ano passado já nos manifestamos publicamente sobre o assunto. Agora vemos a mesma atitude genocida dos governantes se repetir, mas em uma situação bem mais grave em nosso estado e no país como um todo.

Você também pode apoiar o apelo em defesa da vida assinando o manifesto virtualmente neste link: http://chng.it/kp4nT2DjGr

É possível também baixar uma versão em PDF.

Leia o manifesto completo: 

APELO EM DEFESA DA VIDA – É hora de parar Santa Catarina! O lucro não pode estar acima da vida!

Santa Catarina está vivendo o momento mais grave da pandemia da Covid 19. Os hospitais estão lotados, com pacientes entubados em emergências e nos corredores. Tem pessoas morrendo em casa por falta de vagas nos hospitais. Os números oficiais estão amenizando a gravidade da situação.

As autoridades públicas (governador e prefeitos) estão sob o domínio dos interesses empresariais, atuando para salvar o lucro dos ricos em detrimento da vida da classe trabalhadora e do povo pobre.

É aterradora a situação nos hospitais, com profissionais da saúde no limite da resistência física e psicológica, já tendo que decidir quem vai pra UTI e quem fica na maca, quem morre agora ou daqui a pouco.

Não demora e teremos pessoas morrendo na rua, nas calçadas, sem conseguir acesso aos hospitais.

O Governo do Estado e os prefeitos estão sendo coniventes com a tragédia que se instala a olhos vistos. Seus decretos não passam de faz de conta, com medidas inócuas para enganar a população, seguindo o negacionista de Brasília e seu rastro de mais de 250 mil mortes.

Ao invés de “salvar a economia”, esta postura vai levar Santa Catarina à pior crise de sua história, inclusive do ponto de vista econômico.

Passou da hora de parar tudo, deixando apenas os serviços essenciais em funcionamento, ou a tragédia vai crescer ainda mais. Urge a retomada consistente da fiscalização das medidas sanitárias, e com certeza a aquisição de vacinas pelo estado.

É em meio a esse caos que o atual secretário de educação, empossado para rearranjar a política aos velhos moldes MDBistas, anuncia o retorno presencial, resultado do lobby que culminou na ALESC aprovando, em dezembro último, a educação como atividade essencial ENQUANTO DURAR A PANDEMIA. É assim que chancelaram, para 2021, este retorno caótico e marcado pelo medo da morte. Há um acordo, e não é para salvar a economia nem a nós.

As entidades, movimentos e organizações políticas que abaixo subscrevem defendem:

– Imediato fechamento das escolas, com reabertura apenas após a vacinação massiva da população;

– Fechamento do comércio de produtos não essenciais;

– Suspensão do transporte coletivo, deixando apenas o necessário pra viabilizar os serviços essenciais;

– Proibição de qualquer evento social com a presença de público;

– Maior suporte logístico aos hospitais e serviços de saúde;

– Fechamento de praias e parques;

– Testagem em massa para toda a população;

– Contratação de mais profissionais de saúde e maior proteção à sua atividade laboral;

– Retomada do auxílio emergencial de pelo menos 600 reais até o fim da pandemia.

– aquisição de vacinas por parte do governo do estado.

É hora de parar Santa Catarina! O lucro não pode estar acima da vida!

Santa Catarina, 25 de fevereiro de 2021.

Assinam:

ASSINAM:
Centrais Sindicais:
Central de Trabalhadoras e Trabalhadores do Brasil – CTB
Central dos Sindicatos Brasileiros – CSB/SC
Central Única dos Trabalhadores – CUT
Central Sindical e Popular Conlutas – CSP CONLUTAS/SC
Intersindical Central da Classe Trabalhadora
União Geral dos Trabalhadores – UGT
Federações:
FECESC – Federação dos Trabalhadores no Comércio de
SC
FENACONTAS – Federação Nacional dos Servidores dos
Tribunais de Contas
FENAMP – Federação Nacional dos Servidores dos
Ministérios Públicos Estaduais
FETESSESC – Federação dos Trabalhadores da Saúde de
SC
FETRAM/SC – Federação dos Trabalhadores Municipais de
SC
FETRAF/SC – Federação dos Trabalhadores da Agricultura
Familiar de SC
FETRAFI/SC – Federação dos Trabalhadores em
Instituições Financeiras de SC
INTERSUL – Intersindical dos Eletricitários do Sul do
Brasil
Sindicatos:
ANDES – Regional Sul
APRUDESC
ASSIBGE-SC
SEC Caçador
SEC Floripa
SEC Xanxerê
SEEBC Criciuma
SEEF
SIMPE/SC
SINASEFE Seção Sindical IFSC
SINDASPI/SC
SINDCAESC
SINDFAR/SC
SINDICONTAS/SC
SINDPD/SC
SINDPREVS/SC
SINDSAÚDE/SC
SINDSAÚDE Caçador e Região
SINDISAÚDE Criciúma e Região
SINDSAÚDE Joinville e Região
SINDSAÚDE Mafra e Região
SINDSAÚDE Tubarão e Região
SINDSERPI Içara
SINDSERV Lages
SINJUSC
SINPROESC
SINPRONORTE/SC
SinPsi/SC
SINSERF Forquilhinha e Região
SINTAEMA/SC
SINTE/SC
SINTE Regional Caçador
SINTE Regional Criciúma
SINTE Regional Florianópolis
SINTE Regional Joinville
SINTE Regional São José
SINTECT/SC
SINTESPE
SINTRAFESC
SINTRAFI Florianópolis
SINTRAM São José
SINTRASEB Blumenau
SINTUDESC
SINTUFSC
SINVAC Criciúma
SISERP Criciúma
STESSLA Lages
STICVASSR Sombrio e RegiãoPartidos:
Coletivo PSOL interior
PCB
PCdoB Florianópolis
PSOL Abelardo Luz
PSOL Araranguá
PSOL Balneário Camboriú
PSOL Blumenau
PSOL Biguaçu
PSOL Bombinhas
PSOL Brusque
PSOL Caçador
PSOL Chapecó
PSOL Curitibanos
PSOL Florianópolis
PSOL Itajaí
PSOL Lages
PSOL Jaraguá do Sul
PSOL Joinville
PSOL Navegantes
PSOL Palhoça
PSOL São José
PSOL São Miguel do Oeste
PSOL/SC
PSTU
PT/SC
PT Florianópolis
PT Palhoça
UP / SC
Organizações políticas:
Brigadas Populares
Esquerda Marxista
MES/PSOL
Polo Comunista Luiz Carlos Prestes
Resistência/PSOL
Unidade Comunista Brasileira – UCB
Unidade Popular e Sindical – UPS
Unidade Classista – UC
Juventudes:
Coletivo Alicerce
Juventude Comunista Avançando – JCA
Juventude Manifesta/SC
Levante Popular da Juventude/SC
Rebeldia – Juventude da Revolução Brasileira
União da Juventude Comunista – UJC
Movimentos:
8M
Africatarina
APG – UFSC
Associação Cultural José Martí/SC
BR Cidades SC
Brigada Gina Couto da Via Campesina – Florianópolis/SC
Casa América Latina/SC
Coletivo #AnulaSTF
Comitê Lula Livre Santa Catarina
Comitê Popular Solidário de Joinville
Conselho Indigenista Missionário – CIMI / Regional Sul
Cooperativa Comunicacional Sul – Portal Desacato
DCE UFFS de Chapecó
FEPE/SC – Fórum Estadual Popular de Educação
Fórum Catarinense em Defesa do SUS e contra as
privatizações
Fórum da Cidade
Fórum de Mulheres do Mercosul Capítulo Brasil Seção
Lages – FMM
Fórum Estadual dos Trabalhadores da Assistência Social
(FMTSUAS-SC)
Fórum Municipal dos Trabalhadores da Assistência Social
de Lages (FMTSUA-Lages)
Fórum Municipal dos Trabalhadores da Assistência Social
de Palhoça (FMTSUAS-Palhoça)
Instituto Gentes de Direitos – IGENTES
Laboratório de Mobilidade, Trabalho e
Movimentos Sociais – LABTRAMS – UDESC
Marcha Mundial das mulheres
Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas – MLB
Movimento de Mulheres Camponesas – MMC SC
Movimento dos Atingidos por Barragem – MAB SC
Movimento dos Pequenos Agricultores – MPA SC
Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra – MST SC
Movimento Mulheres em Luta
Movimento Nacional de Direitos Humanos – MNDH SC
Movimento Nacional de Luta pela Moradia – MNLM
Movimento Policiais Antifascismo SC
Movimento Ponta do Coral 100% Pública
Movimento Sinte Pela Base
Mudiá Coletiva Lésbica Floripa
Núcleo do Fórum de mudanças climáticas e justiça
socioambiental de SC
Pastoral da Juventude Rural SC
Pastoral da Juventude no Meio Popular SC
PET Geografia UDESC
Portal Catarinas
Tenda Lula Livre
UBM Amures – União Brasileira de Mulheres pela Região
da Amures/SC
Vereador Afrânio Boppré – Florianópolis
Via Campesina/SC

Pacotaço de Maldades do Gean: A patrola dos ricos esmaga direitos e pilha o bem comum do povo de Florianópolis

O prefeito Gean Loureiro (DEM) enviou à Câmara um “Pacotaço de Maldades” durante o recesso, em regime de urgência. Neste pacote, verdadeiro presente de grego para a cidade, está incluído o corte de direitos de trabalhadoras e trabalhadores da Prefeitura Municipal de Florianópolis, terceirização das atividades da Comcap, que leva à privatização, alteração no Plano Diretor, venda de terrenos públicos e inclusão de entidades empresariais no Conselho Municipal de Educação, além da mudança no seu formato, onde perde o caráter deliberativo.

No dia 18/01, por 14 votos a 8, a base de apoio de Gean na Câmara rejeitou o requerimento da Bancada da Frente Popular (Afrânio – PSOL, Coletiva Bem Viver – PSOL, Marquito – PSOL, Carla Ayres – PT) para suspender a convocação extraordinária do prefeito e aprovou a tramitação do pacotaço, em regime de urgência. No dia 21/01, a presidência da Câmara encerrou a reunião da Comissão Especial sobre o assunto, em apenas 3 minutos, passando por cima de qualquer discussão. A votação já está marcada para amanhã, dia 26/01 às 9 horas. Horário desmobilizador, que impede a participação dos e das trabalhadoras.

Em plena pandemia e durante o recesso, a base de apoio de Gean está louca para mostrar serviço. A história nos ensina que, quando os políticos da direita trabalham pra valer, é para satisfazer os desejos dos que se arrogam donos da cidade: a classe dominante, os de cima, especialmente aqueles que financiaram suas campanhas. Não é a toa que suas entidades de classe, como a CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas) e a ACIF (Associação Comercial e Industrial de Florianópolis) logo divulgaram notas em apoio. Bem como a ONG chapa-branca dos interesses empresariais Floripa Amanhã e os já tradicionais jornalistas vendidos da grande mídia (NSC e NDMais, a segunda em destaque).

O projeto ataca a vida da gente em diferentes níveis: trabalho, moradia, coleta de resíduos, educação e direito à cidade. Em termos de direito à cidade, tema que mais dialoga com a história do nosso Movimento, o retrocesso é brutal. Começa pela venda de 54 imóveis do município, que totalizam 39 mil metros quadrados, localizados principalmente nas valorizadas praias do norte da Ilha, com terrenos estimados pela Prefeitura em R$ 5 milhões. Esta verdadeira pilhagem visa tirá-los do povo e entregá-los para mãos privadas estes espaços, que poderiam se tornar áreas verdes de lazer, hortas urbanas, praças, parques, espaços de socialização e instalação de infraestrutura pública para tod@s.

Já as alterações no Plano Diretor trazem o engodo de sempre, prometendo mais empregos em troca de mais facilidades para construir, removendo “burrocracias” (na visão do prefeito) e combatendo o “crescimento desordenado”, facilitando a demolição de obras irregulares, principalmente as de baixa renda, aquelas completamente abandonadas pelo prefeito da maldade e que tem sofrido com despejos ilegais e violentos nas ocupações dos que lutam por moradia. As grandes empresas de construção civil e a especulação imobiliária, aliadas do prefeito, desde o primeiro mandato, brilham os olhos com estas mudanças de legislação e com a venda dos terrenos públicos em áreas nobres, ampliando sua área de atuação.

Se hoje os habitantes de Florianópolis sofrem com a intensa chuva, é também por causa da  falida visão de “progresso” propagandeada ao longo de tantos anos e gestões de direita. Toneladas de concreto, “asfaltaço” sem sistemas de drenagem e cobrindo bueiros, onde se gastou mais de 300 milhões, e com construções em cima de áreas de preservação ambiental e a ausência de saneamento básico. É esta política urbana imposta por uma “burrocracia” nada democrática a responsável pelo caos em que vivemos hoje, a mesma que querem impor nos emblemáticos projetos de hotel na Ponta do Coral ou da Megalo-Marina na Beira Mar

A especulação imobiliária, combinada à ausência total de políticas públicas para habitação, faz com que as pessoas se sujeitem a residir precariamente em morros e áreas de risco, o que invariavelmente levam a mortes, como a de uma mãe, Ana Cristina Martins Lopes e sua filha Letícia Lopes Machado, vítimas de um deslizamento de terra no Morro do Caju, no bairro Saco Grande. Este é o povo que é julgado e condenado pelos veículos de mídia da cidade em seus editorais sobre “crescimento desordenado”, sem nunca citar os grandes empresários e políticos que planejam a cidade para interesse próprio.

A patrola do Gean e seus asseclas, comandada pelo pelos magnatas, só poderá ser detida pela organização e a mobilização popular permanente. É por isto que declaramos nosso apoio aos trabalhadores e trabalhadoras da Comcap que, há 45 anos, zelam para que a cidade continue limpa e bem cuidada e que, agora, resistem bravamente em uma greve contra o pacotaço, assim como o Movimento de Luta pela Moradia, que tem resistido bravamente, fazendo mobilização de rua inclusive durante a pandemia.

Devemos apoiar estas lutas de diferentes formas, construindo o poder popular para resistir à destruição de nossos direitos. Assim, passaremos a fazer valer nossas pautas, para que o velho grito de guerra “ilha da magia, ela é do povo, não é da burguesia” seja real.

Pelo Direito à Cidade e justiça social com equidade!

Abaixo, algumas referências, que ajudaram a embasar este texto, para entendermos o que está em jogo nos diversos níveis:

Ponta do Coral, 40 primaveras de resistência popular


A Ponta do Coral é o cenário de uma intensa disputa desde os anos 80, quando ainda na ditadura foi vendida de forma ilegal pelo então governador e oligarca Jorge Konder Bornhausen, após um incêndio criminoso no abrigo de menores que ali existia. Desde então, grupos de cidadãos, estudantes, artistas e ativistas das causas sociais e ambientais contestam a venda da área, opondo-se à privatização deste espaço público e à destruição da fauna, flora e história da região.

Mais do que a disputa por um oásis em meio a um deserto de concreto, os imaginários sobre a Ponta do Coral projetam visões distintas de cidade e de mundo. De um lado, a Florianópolis cidade a venda, abarrotada de carros, com suas moedas e, agora, mecanismos verdes, shoppings construídos sobre manguezais, esgoto no mar, beach clubes na restinga e a Lagoa do Peri secando. Vendem este sonho na mídia comprada, transmitindo a promessa de um “progresso” que irá gerar empregos, enquanto tornam ainda mais milionários aqueles que lucram com a especulação imobiliária. Homens brancos que projetam uma Floripa desumanizada, um misto de Dubai com Balneário Camboriú, onde ricos ou endividados poderão usufruir de paraísos particulares de vidros espelhados em áreas públicas, sem que precisem se misturar com a “gentalha”, que é como eles classificam os pobres.

Da luta pela Ponta do Coral ecoam as vozes que demandam uma cidade aberta e plural, com parques públicos para que tod@s possam usufruir de suas belezas naturais, dos piqueniques em família e amig@s, das dezenas de atividades artísticas, coletivas e voluntárias para conquistar os parques e praças desta cidade, das rodas de conversa e de capoeira, das lembranças do bar do Seo Chico, no Campeche, das lutas por um plano diretor participativo, da inclusão das colônias de pescadores e das comunidades dos morros e quilombolas, como atores ativos na construção de uma sociedade mais justa, democrática, fraterna e igualitária.

Em novembro, agora, celebramos 40 primaveras de luta para devolver a Ponta do Coral ao povo. Durante estas quatro décadas, a resistência coletiva barrou a construção de qualquer empreendimento privado na região, atravessando diferentes conjunturas e gerações. Houve o surgimento do Movimento Ponta do Coral 100% Pública e a proposta de criação do Parque Cultural das 3 Pontas, abrangendo a Ponta do Coral, a Ponta do Goulart e a Ponta do Lessa, preservando o meio ambiente e incentivando a cultura e a economia local. Proposta que hoje conta com o apoio de diversos movimentos sociais, entidades de classe, organizações políticas e da Universidade Federal de Santa Catarina, que, em 2016, declarou interesse técnico e científico na área e apoia oficialmente a criação do parque.

Foram anos de muito acúmulo, que serviram para enriquecer as experiências de cada pessoa que ajudou a construir o Movimento e a tecer as redes em que nos apoiamos até hoje. Mas, apesar de algumas vitórias, o fato é que a criação do Parque Cultural das 3 Pontas ainda não saiu do papel. O atual Prefeito Gean Loureiro (DEM) nunca ouviu o movimento e ainda fez avançar o projeto da faraônica “Megalo-Marina”, que, se concretizado, terá imenso impacto negativo na questão ambiental, paisagística, social e simbólica na cidade. Temos uma chance de alterar esta conjuntura nas eleições municipais, escolhendo candidatas e candidatos comprometid@s com a criação do Parque, mas nem por isto devemos baixar a guarda e a pressão popular precisa continuar para que o poder público torne realidade a criação do Parque Cultural, independentemente de quem segure a caneta.

Em tempos de pandemia de Covid-19, temos consciência de que, infelizmente, não é possível nos reunirmos na Ponta e fazermos uma grande festa, com música e atividades culturais, como na última celebração dos 35 anos em 2015, na Novembrada Cultural em 2017 ou outras tantas ocupações festivas e humanizantes. É por isto que convidamos cada apoiador(a) da causa a ocupar as redes, compartilhando memórias em formato de fotos, textos, vídeos, músicas e o que mais sua criatividade permitir. Durante este mês, basta utilizar a etiqueta #40anosPelaPontaDoCoral que iremos compartilhar em nossos meios.


Fortalecer nossos laços e memória coletiva é a forma que encontramos de comemorar esta história de 40 anos, mostrando para as pessoas próximas que a luta vale a pena e que, enquanto houver primavera, haverá poesia.

Movimento Ponta do Coral 100% Pública

[Ecoando Sustentabilidade] Marina na Beira Mar Norte: Impactos ambientais (18/09)

“Para iniciar um ciclo de discussão sobre a construção de uma megamarina na Beira Mar norte de Florianópolis, estaremos recebendo a Professora Juliana Leonel e a Bióloga Larissa Dalpaz, ambas atuando na região e na Universidade Federal de Santa Catarina. Nas discussões serão debatidos os potenciais impactos ambientais do empreendimento e eventuais desdobramentos sociais e econômicos, tendo como perspectiva central a necessária sustentabilidade para um processo de gestão costeira justo e resiliente. O ecoando traz para o debate questões ambientais, sociais, econômicas e políticas para promover o pensar necessário para o enfrentamento da crise atual de nossa civilização. Somos uma sociedade insustentável, consumimos em média o recurso de 1,6 planetas e deixamos um rastro de poluição e degradação. É isso que queremos? Agir localmente é necessário, planejar o aqui, para melhorar o todo. “

Mais informações no link para o vídeo do debate, promovido pelo canal ecoando sustentabilidade.

[Portal Desacato] Marina, Parque Cultural ou que projeto é mais importante para a Florianópolis? (03/09)

Na quinta-feira (3/9) o TCE autorizou a construção do Parque Urbano Marina Beira-Mar Norte, um projeto de concessão à iniciativa privada que abrange uma área total de 400 mil m². Sobre as consequências ambientais, econômicas e sociais de tal construção conversamos hoje com Suzana Luz Cardoso do Movimento Ponta do Coral 100% Pública e o biólogo Paulo Horta e a oceanógrafa Alessandra Larissa Fonseca do canal Ecoando Sustentabilidade.

Movimento participa de conversa sobre áreas verdes de lazer nesta sexta

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Amanhã, 03/07 às 19h participaremos de uma conversa no canal “Ecoando Sustentabilidade” sobre a importância das áreas verdes de lazer para a sustentabilidade das cidades. Participe!

Link do canal: https://www.youtube.com/channel/UCvtpAErcOsvgGs7BbVj0VaA

Sobre o canal: No momento que o mundo para em função de uma pandemia do SARS-CoV-2, no outono de 2020, podemos refletir sobre os modelos de desenvolvimento que a humanidade tem seguido, sobre suas causas e consequências. Vislumbramos que ecossistemas diversos em nosso país, e no mundo, parecem estar no limiar de seu funcionamento, e necessitam de ações urgentes que culminem na síntese e divulgação de conhecimento, para que possamos estimular um desenvolvimento com avanço do bem estar social com responsabilidade ambiental. Pensando nisso um grupo UFSC, com parceiros presentes em todo o mundo, estará utilizando as plataformas de mídia da internet, fundamentalmente o Youtube, Facebook e Instagran, para divulgar problema socio-ambientais diversos, discutindo suas causas consequências e possíveis soluções. Vamos construir um futuro melhor, fazer viver a esperança que a humanidade pode mais. Juntem-e nessa corrente com ciência e pela ciência!