Faixas Exclusivas para Ônibus

Replicação da Frente de Luta pelo Transporte Público – Grande Florianópolis

Na última sexta-feira (23), o Terceiro Ato Contra o Aumento da Tarifa trouxe um novo elemento pras lutas que temos travado pelo transporte público: além de tomar as ruas com nossa bateria, faixas e palavras de ordem, pintamos uma faixa exclusiva para ônibus de mais de um quilômetro na Av. Beira-Mar, desde a rua Othon Gama d’Eça até as proximidades do TICEN.

A Frente de Luta pelo Transporte Público organizou essa ação para pressionar o poder público a priorizar investimentos no transporte coletivo. As faixas exclusivas reduzem o tempo médio das linhas e reduzem os gastos com insumos do sistema (diesel, óleo, manutenção, etc.). Obviamente, diminuem também o atraso e o estresse pelo qual nós passamos todos os dias no latão.

Em São Paulo, onde mais de 350 km de faixas exclusivas foram implantadas desde o ano passado, estudos da Companhia de Engenharia de Tráfego indicaram que as velocidades médias tiveram acréscimo por volta de 45% [1]. Naturalmente, o aumento da eficiência no serviço deveria levar à diminuição da tarifa (o que, no caso de São Paulo, não ocorreu).

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No entanto, a mídia não divulgou nossa ação nas matérias sobre o ato. A Prefeitura também não respondeu à Frente, mas curiosamente lançou uma notícia no mesmo dia anunciando um anel viário de 17 km por volta do Centro da Ilha, onde haverá faixas exclusivas para ônibus [2]. No entanto, a duração estimada das obras é de 3 anos e os gastos previstos são de 150 milhões de reais  isso porque a obra prevê derrubada de árvores, aterramento [4] e o alargamento da via na Avenida Beira-Mar.

Esses gastos são absurdos! Não existe necessidade de uma nova pista para criar uma faixa exclusiva, como demonstramos na sexta-feira. Essas obras só existem para agradar os amigos do Prefeito César Souza nas empreiteiras, que vão embolsar uma quantia que poderia ser suficiente (segundo dados de 2010) para bancar um ano inteiro de tarifa zero na cidade [3].

Precisamos de soluções que privilegiem de verdade o transporte coletivo, que atende mais de 60% dos deslocamentos motorizados nas cidades e causa menos filas, acidentes e poluição do que o transporte individual. A licitação realizada ano passado poderia ter avançado em questões como o limite às lotações, ar condicionado nos veículos, informação sobre linhas e horários nos pontos de ônibus, a municipalização dos terminais, etc. Ao contrário, o que vimos foram apenas gastos com a pintura dos velhos ônibus (das mesmas empresas) e um novo aumento nas tarifas.

Continuaremos nas ruas para barrar o aumento da tarifa e para garantir a prioridade dos investimentos no transporte público! Nessa quinta-feira (29), a partir das 17h30 no TICEN, acontece o 4º Ato Contra o Aumento da Tarifa. Vem todo mundo!

[1] http://www.capital.sp.gov.br/portal/noticia/3715#ad-image-0
[2] http://www.pmf.sc.gov.br/noticias/index.php?pagina=notpagina&noti=13331
[3] http://tarifazero.org/2011/05/20/sobre-a-viabilidade-economica-da-tarifa-zero-em-florianopolis/
[4]http://g1.globo.com/sc/santa-catarina/noticia/2014/12/prefeito-de-florianopolis-fala-de-projetos-e-resolucoes-para-2015.html

4º Ato Contra o Aumento da Tarifa

Replicação da Frente de Luta pelo Transporte Público – Grande Florianópolis

4º Ato Contra o Aumento da Tarifa
Publicado em 26/01/2015 por admin
O povo na rua pode derrubar a tarifa.

Em 2004 e 2005 derrubamos dois aumentos em Florianópolis, em 2013 mais de 51 cidades pelo país revogaram os aumentos nas tarifas. É preciso lutar e resistir! Por isso a Frente de Luta pelo Transporte Publico convoca o 4º ato da campanha contra o aumento.

A OAB e o TRT já disseram que parte do aumento da capital é ilegal. Queremos a REVOGAÇÃO IMEDIATA desse aumento absurdo!

As tarifas intermunicipais subiram DUAS VEZES EM MENOS DE UM ANO variam de R$ 3 a R$ 6,20. Não oferecem integração metropolitana e nem qualidade no transporte.

Em meio a esse caos, o governador e o prefeito, covardes e mentirosos que são, se recusam a ouvir a voz do povo. Mas se eles pensam que isso vai ficar barato, estão muito enganados. Não vamos aceitar essa exploração, a gente vai atormentar!

Quinta, 29.01
Local: TICEN
Horário: 17:30

VEM PRA LUTA, CONTRA O AUMENTO!

Entrevista com o professor Werner Kraus, sobre o trasporte público de Florianópolis

Replicação da Frente de Luta pelo Transporte Público – Grande Florianópolis

Entrevista com o professor Werner Kraus Junior sobre o aumento das tarifas em Florianópolis, construção do teleférico e sobre a proposta de tarifa zero.

Werner Kraus Junior é professor no Departamento de Automação e Sistemas da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e dedica-se à pesquisa em engenharia de tráfego, principalmente nos temas ligados ao transporte público.

Entrevista com o professor Werner Kraus, sobre o trasporte público de Florianópolis. from Vinicius (Moscão) on Vimeo.

Entrevista – Entenda as causas Frente de Luta pelo Transporte de Florianópolis

Replicação do Estopim Periódico
Entrevista

| ENTENDA AS CAUSAS DA FRENTE DE LUTA PELO TRANSPORTE |

Eles estão na vanguarda dos movimentos sociais em Florianópolis e prometem realizar na próxima sexta-feira, 23/01 um ainda maior que os anteriores. Tachados de baderneiros, comunistas e até de vagabundos, ocupam as ruas da cidade a fim de contestar a exploração dos empresários do transporte coletivo e o desleixo das autoridades políticas com a causa.

A Frente de Luta pelo Transporte reclama e atua não somente quando a passagem aumenta. Mas, nesses momentos, conseguem chegar até o cidadão comum porque é no bolso dele que pesa o preço abusivo das tarifas. Nessa entrevista, Tiago de Azevedo, vulgo Nando Reis, esclarece quem é o grupo de manifestantes que promete parar a cidade caso a tarifa não baixe.

>>> A história <<<

✔ Qual foi o estopim da criação da Frente de Luta pelo Transporte?

A Frente de Luta pelo Transporte surgiu em 2009 a partir do aumento das tarifas daquele ano. A criação da Frente foi uma forma de unificar e organizar todas e todos que lutavam contra os aumentos de tarifa e pela melhoria do transporte.

✔ Que outros movimentos e atores sociais integram a Frente?

Para além do Movimento Passe Livre a Frente é composta por diversas organizações políticas, entidades sindicais e estudantis, associações de bairro, movimentos sociais e dezenas de pessoas que se somam a luta sempre que a Frente se organiza em torno de alguma pauta.

✔ Quais são os principais questionamentos e pautas da Frente?

As pautas da Frente são a revogação imediata do aumento das tarifas, seguindo para a redução até a Tarifa Zero; a suspensão do contrato da recente licitação e da concessão do transporte, abrindo o debate com a população para a construção de um modelo de transporte onde ela possa opinar diretamente.

✔ Quais são as políticas públicas que estão sendo criadas ou reivindicadas pela Frente?

As principais reivindicações da Frente estão compiladas na Carta de Convergência da FLTP¹, contida em nosso site e elaborada a partir de um seminário realizado em 2011. Em resumo posso destacar:

– A defesa do transporte enquanto direito, como está contido na Lei orgânica de Florianópolis. Sendo um direito o transporte deve ser garantido a todos, sem nenhuma forma de exclusão que impeça a mobilidade das pessoas, como a tarifa. A Tarifa Zero é o meio para garantir isso de forma plena;
– O controle social do transporte, com o fim do sistema de concessão, que entrega todo o controle do sistema nas mãos dos empresários. Defendemos passar a gestão do sistema para a prefeitura, com conselhos de ampla participação popular e poder de deliberação;

– A priorização do transporte coletivo em relação ao transporte individual. A política de investimento em mobilidade da cidade ainda é focada na construção de estradas, elevados e estruturas viárias para o transporte individual. É preciso uma política que priorize o transporte coletivo, tornando-o mais eficiente e atrativo. Para isso é necessário a criação de vias exclusivas para ônibus e a ampliação de outros modais para transporte de massa, diferente dos projetos de transporte marítimo e via teleférico apresentados pela prefeitura recentemente, mas que possuem um foco meramente turístico devido a seu alto custo e sua ineficiência.

– Em resumo as políticas defendidas pela Frente giram em torno do fim do sistema de concessão baseado na tarifa e na implementação de um sistema baseado na Tarifa Zero, financiado através de um fundo municipal do transporte. Esse fundo, por sua vez, seria financiado por impostos onde quem tem mais e lucra com a melhor mobilidade da cidade pagaria mais. Além disso, acabaria com o sistema baseado na tarifa e portanto onde as empresas ganham por passageiro, sendo o transporte remunerado por km rodado. Assim acabaria com a lógica que busca ônibus socados de gente e com linhas curtas e ineficientes.

✔ Ao longo desses anos de atuação, que vitórias vocês já obtiveram?

As principais vitórias concretas na luta do transporte na cidade de Florianópolis ocorreram em 2004 e 2005, quando conseguimos derrubar os aumentos de tarifa. Mas também foi possível colocar em pauta na cidade a discussão sobre o passe livre, a tarifa zero ou mesmo o debate sobre a criação de vias exclusivas para ônibus, que a poucos anos atrás era considerada um absurdo pelas gestões das prefeituras.

>>> Manifestações <<<

✔ Por que a Frente e o MPL saem as ruas somente quando a passagem aumenta, visto que os problemas do transporte coletivo são permanentes?

Não saímos as ruas apenas em momentos de aumento. Em 2011 quando a câmara de vereadores aprovou uma lei de licitação que doava toda a frota de ônibus para as empresas e garantia que essas empresas pudessem ficar mais 40 anos controlando o sistema, nós fomos as ruas. Em 2013 e 2014, quando a prefeitura se recusou a reduzir a tarifa mesmo com a ampliação de subsídios e realizou uma licitação totalmente direcionada para o Consórcio Fênix, sem qualquer participação popular na sua elaboração, nós fomos as ruas. Da mesma forma que vamos as ruas todo o dia 26 de outubro no dia nacional de luta pelo passe livre. Porém, esses processos historicamente não conseguem servir de estopim para indignar a população a ir as ruas da mesma forma que um aumento de tarifa consegue quando pesa no bolso da população.

✔ Há dificuldades para trazer a população para perto das manifestações?

Sempre há, em especial pela difamação que a grande mídia faz tentando blindar a prefeitura e o governo do estado. Na rua, a receptividade da população é muito boa. A grande maioria das pessoas concorda com as reivindicações, que o sistema de transporte é precário, ineficiente e caro. Apoiam as manifestações, mas a falta de crença na política e a própria falta de tempo impede muitas pessoas de participarem das manifestações.

✔ Como vocês analisam a atuação da polícia especificamente nos protestos de 2015?

A polícia militar está tentando se pintar enquanto uma polícia que negocia em vez de usar a força. Porém, no último ato, o efetivo mobilizado demonstrou que isso não passa apenas de um discurso vago. Não se pode chamar de negociador alguém que demonstra uma capacidade de força muito superior para conseguir o que quer. Não se negocia com alguém colocando uma faca no pescoço dela.

✔ A manifestação de rua é a única maneira de contestar os problemas do transporte coletivo de Florianópolis e região?

Não é a única, existem meios institucionais e jurídicos para isso. Mas dado a podridão desse sistema, evidenciados pelas dezenas de casos de corrupção, além do nível de conchavo dentro dele, sem as mobilizações de rua esses meios costumam virar papel perdido dentro de gavetas. As mobilizações de rua conseguem unir em um mesmo espaço aqueles que sozinhos têm pouca força, mas querem reivindicar e pressionar o poder público por mudanças, dando visibilidade a essas reivindicações e convocando mais pessoas a se unir a essa luta.

>>> A prestação de serviços <<<

✔ Falem sobre as inconsistências do último edital de exploração do Transporte Público da Capital vencido pelo Consórcio Fênix.

O edital é claramente direcionado para as mesmas empresas que controlam o sistema há 90 anos. Não a toa teve apenas uma concorrente. Ele exigia a existência de garagens e uma frota que apenas quem já operava no sistema poderia ter. A licitação também previa a demissão de centenas de cobradores, o que contrariava um acordo feito pelo TRT. Além disso, esse edital deveria ter sido elaborado com a participação dos usuários, como determina o Plano Nacional de Mobilidade Urbana.

✔ E a prestação de serviços do Consórcio, melhorou, piorou? Apontem os principais aspectos.

Não são poucas as reclamações de cortes de horários. Além disso, as ampliações de horários têm ocorrido apenas nas linhas executivas, o famoso amarelinho, cuja tarifa é bem mais cara. Também foram cortadas ao menos nove linhas. Obviamente o serviço só piorou.

>>> Tarifa Zero <<<

✔ Por que é tão difícil implantar a Tarifa Zero e garantir o direito a mobilidade das pessoas?

Tecnicamente não é difícil implementar a Tarifa Zero, basta criar um fundo para financiá-la. Economicamente não há nada que a impeça. O poder público tem capacidade de destinar verba específica para o fundo, determinando a origem da receita, a o mesmo tempo que a livre mobilidade das pessoas ajuda a economia a circular e se desenvolver muito mais. A dificuldade é falta de vontade política por parte do poder público.

✔ Existe algum modelo de transporte público internacional que tenha Tarifa Zero, ou que por alguma razão possa inspirar o Brasil?

Diversas cidades do Brasil e do mundo já implementam a Tarifa Zero de forma parcial ou completa. Tallin, na Estônia, foi a primeira capital do mundo a implementar Tarifa Zero a partir de 2013. O uso do carro diminuiu drasticamente, gerando impactos sociais e ambientais. Outras cidades, como Sydney, na Austrália, possui Tarifa Zero em diversas linhas centrais da cidade. No Brasil, a ideia já foi efetivada em parte da cidade de São Paulo na década de 1990. Maricá, no Rio de Janeiro, começou a implementação de transporte gratuito neste ano. Tarifa Zero não é uma utopia, é realidade.

Saiba mais:

1 – Leia a carta de convergência da Frente ( http://bit.ly/1GvrHsa).

Por Nícolas David, que já preparou seu armamento verbal para o próximo ato.

Novas manifestações pelo Transporte Público em Florianópolis, 10 anos depois da Revolta da Catraca

Berço das Revoltas da Catraca em 2004 e 2005, a população de Florianópolis e região metropolitana (SC) mais uma vez protesta contra o aumento das tarifas do transporte coletivo.

O reajuste autorizado pela Prefeitura, fez com que a tarifa subisse de R$ 2,58 para R$ 2,98 no cartão, e de R$ 2,75 para R$ 3,10 no dinheiro. O valor teve um acréscimo de 15%, e entrou em vigor no dia 11/01/2015.

A situação é ainda pior no transporte intermunicipal da região metropolitana, que  AUMENTOU DUAS VEZES só em 2014. Quem mora no continente está gastando de R$ 3 a R$ 6,20 por rodada de catraca e nem integração tem!

Segundo o advogado do Consórcio das empresas que operam na cidade, foram contabilizados para o aumento a variação dos valores dos combustíveis, das carrocerias, da mão de obra, calculados pelo IGP, além da manutenção dos postos de trabalho de 414 cobradores, por determinação do TRT. Segundo a Prefeitura e o Consórcio, o reajuste teria sido de 7,14% caso os cobradores tivessem sido demitidos.

A jogada combinada entre a Prefeitura e o Consórcio de empresas já foi desmentida pelo TRT, que afirmou que a decisão do tribunal de manter os 414 cobradores foi anterior ao edital que estabeleceu as novas regras para o funcionamento do transporte coletivo na Capital, datado de 2013. O edital em questão, solenemente ignorou o que havia sido decidido pelo Tribunal, e quase 2 anos depois, colocou a culpa no mesmo pelo reajuste abusivo das tarifas.

Essa dobradinha entre Prefeitura e empresas de ônibus não é novidade para nós, que há anos enfrentamos este conluio na cidade. Depois de muitos anos operando sem licitação, desde setembro de 2013 o processo da nova licitação do transporte se arrastava na base do autoritarismo, da falta de diálogo e da arbitrariedade do poder público, que recusou de todo jeito a participação popular.

O nome escolhido pelo consórcio vencedor (e único participante) da licitação pareceu até provocação: Fênix. Formado pelas 5 empresas que controlam o transporte de Florianópolis desde 1926, ano em que os primeiros ônibus começaram a circular pela cidade, a Fênix irá explorar o sistema até 2034, totalizando 108 anos de controle do transporte da cidade! Nas palavras do TCE: “Constatando-se apenas a alteração de razão social e incorporação, com fortes características de grupos familiares e nichos de mercado”.

Desde que o novo consórcio começou a operar, foram feitas muitas promessas para os usuários. Promessas que não foram revertidas em melhorias. Os usuários reclamam da falta de horários, de manutenção dos veículos e, principalmente, do alto valor da tarifa, que não condiz com a qualidade dos serviços prestados.

Além da licitação, que mudou tudo para ficar como está, a Prefeitura também tem planos de construir um Teleférico para “solucionar” os problemas de mobilidade da Capital. Para isto, pretende contrair um empréstimo de cerca de R$ 152 milhões com a Caixa Econômica (recursos do PAC II). A obra tem sido criticada por ser cara e ineficiente, sendo possível ter resultados muito melhores investindo em corredores exclusivos para ônibus e subsidiando a tarifa do transporte coletivo.

Em 2009 Florianópolis foi considerada a cidade com pior mobilidade urbana do Brasil. Nossa cidade tem muitos morros, lagoas e dunas e temos uma ponte como gargalo. Além disso, somos a segunda cidade com o maior número de carros por habitante no Brasil. Com um sistema de transporte público caro e ineficiente como o nosso, a situação só tende a piorar, pois todo trabalhador com condições financeiras irá optar pelo transporte individual.

Precisamos repensar a lógica do transporte público para evitar que este trânsito infernal continue sugando cada vez mais tempo de nossas vidas. O acesso a todo direito essencial da população passa por sua mobilidade. Se a lógica do transporte não é garantir e oferecer a possibilidade de deslocamento para o povo, então são restringidos a esta população o seu direito à educação, habitação, saúde e cultura.

Por estes motivos estamos em luta novamente.

Já realizamos duas manifestações na semana passada, uma na terça (13) e outra na sexta (16). Felizmente até o momento não houve confronto algum com a Polícia.

Nesta sexta, dia 23/01, nos juntaremos a outras cidades do Brasil em um ato unificado pela redução imediata das tarifas, contra a repressão policial e pela implementação do projeto Tarifa Zero.

Resistir até a tarifa cair!

Por uma vida sem catracas!

Frente de Luta pelo Transporte Público – Grande Florianópolis

http:/lataofloripa.libertar.org/

Vídeo de chamada para o Ato Nacional #ContraATarifa do dia 23:

#ContraATarifa – Essa terça: INDIGNE-SE!

Replicação do blog da Frente de Luta pelo Transporte Público – Grande Florianópolis:

Nessa terça-feira (20), a Frente de Luta pelo Transporte Público convida toda a população a manifestar sua indignação. Todo mundo sofre com esse sistema de transporte caro, ineficiente, desintegrado e com corte de linhas. É hora de subir no púlpito e botar a boca no trombone!

Vamos estar na frente do TICEN, a partir das 17h, gravando e expondo depoimentos sobre nossa insatisfação. Vamos fazer o prefeito e o governador ouvirem o que temos pra dizer!

Além disso, vamos produzir faixas e cartazes para nossa luta e panfletar. Às 19h, nossa bateria começa seu ensaio aberto, pra fazer bonito nas ruas essa sexta-feira.

VEM TODO MUNDO!

Frente de Luta pelo Transporte Público – Nota de Esclarecimento à População Sobre o Ato

Replicação da Frente de Luta pelo Transporte Público – Grande Florianópolis

Nesta sexta-feira (16/01), mais uma vez o povo da Grande Florianópolis vai às ruas para lutar contra a tarifa e toda exclusão por ela gerada. Vamos às ruas porque estamos cansados desse sistema de transporte coletivo caro e precário, controlado por meia dúzia de empresários, em conluio com a Prefeitura, que há décadas exploram nosso direito ao transporte lucrando milhões com nossos deslocamentos.

A manifestação tem o intuito de ser tranquila. Para isso, a Polícia Militar deve deixar o ato transcorrer sem atacá-lo e reprimi-lo violentamente. Como vimos no último ato, na terça-feira 13, milhares de pessoas participaram da manifestação sem problemas, ocupando ruas importantes da cidade como as avenidas Mauro Ramos e Beira Mar Norte. Além de passar por pontos centrais como o prédio onde ficar o gabinete do prefeito, a Câmara Municipal e o Terminal de Integração da Trindade.

Nossa manifestação se iniciará com uma assembleia, na qual todos os manifestantes definirão o trajeto do ato que esperamos que transcorra sem enfrentamentos. Constantemente somos pressionados para que nossas manifestações sejam “ordeiras e pacíficas”. Que fique claro: vamos às ruas contando apenas com a força de nossa revolta e desejo de construir um transporte e uma cidade melhores, mais justas e mais democráticas.

É no braço armado do Estado, a Polícia Militar, que se concentra a possibilidade da manifestação resultar em cenas de violência. Esperamos que a PM seja “ordeira e pacífica”, respeitando nosso direito de manifestação, tão aclamado e reconhecido por toda sociedade nas Jornadas de Junho de 2013, sem prisões e ataques aos manifestantes.

Cobramos da Prefeitura e do Governador, que sejam igualmente “ordeiros e pacíficos”, pois estamos cansados do caos e das condições violentas a que somos submetidos no transporte público (municipal e intermunicipal), cansados com a falta de horários e linhas, a superlotação dos ônibus, a falta de ar condicionado e de conforto nos veículos e com a tarifa em si.

Convocamos toda população a construir essa luta junto conosco, ocupando a cidade e mostrando nas ruas que não aceitamos esse aumento!

Fotos e vídeos em: http://lataofloripa.libertar.org

Servidor da UDESC denuncia a Administração da UDESC

7º MATÉRIA

Servidor da UDESC denuncia a Administração da UDESC, por condutas que possivelmente tipificam-se como atos criminosos, para 10 órgãos (dentre os quais: MP/SC, MPF/SC, TCE/SC, PGE/SC e ALESC) com possível dano ao erário estimadas em R$ 2 milhões proveniente de ato de gestão.
Duas das motivações que coloca é de ter acontecido, em 2013, uma grande “Pizza” e que as pessoas que, possivelmente, deram causa aos desvios continuam exatamente como estavam. Enquanto que os que batalharam pela correção foram todos “punidos” seja por assédio moral seja por perda de cargo e/ou função.
O documento de 63 páginas e 2 planilhas foi entregue acompanhado de aproximadamente 700 páginas de indícios de prova.

A denúncia completa pode ser vista em:

https://mega.co.nz/#!GZon2JzR!81ZJU84PoSBrVmgdzHH487Ivl4tNYUhyTIcEf7c0ddM

Resumidamente o documento pede auditoria e investigação sobre a possível prática de ato de improbidade administrativa no vestibular entre os anos de 2009 à 2014 e no Sistema de Gestão Acadêmica (sistema SIGA).
Pede-se, também, investigação de quem possivelmente direcionou a licitação de 2013 superfaturando-a em 1.214,16% e há o pedido de avaliação de suspenção de pagamentos às empresas Meridian (Vestibular) e Edusoft (SIGA).
No total elenca-se 191 possíveis irregularidades a luz de, por exemplo, da Constituição, da Lei de Responsabilidade Fiscal, da Lei de Improbidade Administrativa e da Lei Geral de Licitações.

A seguir, pequenos trechos da parte introdutória da denúncia:

“2.3.3 Dessa forma, para mim, são inconcebíveis os dados, atos e fatos aqui narrados. Impõe-me uma profunda indignação e necessidade de expor aos órgãos competentes a possível malversação de dinheiro público que, advindo do ICMS, quem mais perde é o povo menos favorecido e, com muita perversidade, visto que o catarinense menos abastado paga triplamente essa possível malversação (pelo ICMS, por menor possibilidade de não pagar uma faculdade e pelo pagamento da possível corrupção).”

“2.4.1 Uma boa parte dos recursos administrativos deveriam se direcionar para minimizar a falta de produtividade da Administração da UDESC:
Em minha opinião, há uma imensa falta de produtividade da Administração da UDESC em geral e na área de licitações (administrativa e jurídica) em particular. Há uma ineficiência geral, não por causa de seus Servidores e sim por falta de instrumentais para por todo o potencial da produtividade que eles têm em favor da UDESC.
O que me motiva a fazer esta Representação então é uma frustação de que em vez de atacar esses gargalos aplicando recursos (humanos, financeiros, o próprio tempo…) em pontos estratégicos para minimizar os efeitos desses estrangulamentos, alguns recursos são redirecionados em negócios, quem sabe, escusos e ineficientes. E se este dinheiro fosse investido na eliminação desta falta de produtividade? Quanto a UDESC economizaria? Lembrando que dinheiro que a UDESC economiza, via melhor aplicação é o mesmo dinheiro que o Povo Catarinense paga. Ao fim e a cabo a Sociedade Catarinense economiza.
2.4.1.1 Falta de um Sistema Administrativo Completo e Integrado (ERP):
Neste sentir há tamanha falta de softwares sistemáticos de revisão administrativa para reduzir a burocracia, mapear e aperfeiçoar processos, reduzir custos de gestão e tornar a tramitação de processos mais rápidos.”

“2.6.11 Nesse ato há fortes indícios que possivelmente a ação irregular partiu do Magnífico Vice-Reitor Marcus Tomasi, da Coordenadora de Vestibular e Concursos, Rosângela de Souza Machado e omissão do Secretário de Tecnologia da Informação e Comunicação Jairo Wensing na licitação (anulada)

http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2014/12/537507.shtml

https://www.facebook.com/JORNALdaUDESC

http://www.olivetesalmoria.com.br/inicio/8073-denuncias-apontam-desvios-de-r-2-milhoes-na-udesc.html